De acordo com o Art. 30 do decreto, fica proibida a comercialização e o consumo de bebidas acondicionadas em garrafas de vidro em todos os locais e no entorno onde ocorrerão os desfiles e festas carnavalescas. A medida, que se estende tanto a participantes quanto a vendedores ambulantes e fixos, visa a segurança pública, uma vez que garrafas de vidro podem causar lesões e acidentes durante as comemorações.
Prós: A principal vantagem da proibição é, sem dúvida, a segurança. Em um evento de grande magnitude, como o Carnaval, o risco de acidentes com objetos cortantes é real. Além disso, a medida também contribui para a preservação do ambiente, já que o vidro é um material difícil de ser reciclado e pode gerar lixo de difícil manejo nas vias públicas.
Contras: Por outro lado, a proibição pode ser vista como uma limitação à liberdade dos foliões, especialmente aqueles que apreciam as bebidas em garrafa. A questão do "controle excessivo" surge, pois muitas vezes os consumidores buscam opções mais baratas ou preferem bebidas em garrafa por praticidade. Além disso, os vendedores poderão sentir os impactos financeiros dessa mudança.
Outra mudança trazida pelo decreto é a permissão para que barracas, ambulantes e trailers de alimentação funcionem até às 04h da madrugada, com uma tolerância de 30 minutos para a dispersão total dos estabelecimentos.
Prós: O horário estendido pode ser positivo, proporcionando mais tempo para que os foliões se alimentem e desfrutem da festa. Isso também garante mais oportunidades de trabalho para os comerciantes locais e pode ajudar na organização do evento, oferecendo estrutura aos participantes.
Contras: No entanto, o prolongamento da festa pode resultar em mais aglomerações e problemas de ordem pública, como a dificuldade de controle da dispersão da multidão nas primeiras horas da manhã. Além disso, há quem questione se essa medida não incentiva um comportamento excessivo, dificultando o controle de alcoolismo e possíveis problemas de segurança nas primeiras horas da madrugada.
A fiscalização será realizada por diversos órgãos, incluindo a Administração Direta e Indireta do Município e as forças de segurança pública do Estado. A presença de agentes para garantir o cumprimento das normas promete uma festa mais tranquila, mas será que isso pode comprometer a liberdade dos participantes?
Prós: A fiscalização rigorosa, sem dúvida, ajuda a manter a ordem e a segurança, evitando comportamentos arriscados e incidentes. A presença de autoridades pode ser uma garantia de que todos, desde os foliões até os comerciantes, cumpram as regras para um evento sem maiores transtornos.
Contras: A fiscalização intensiva pode ser vista como uma forma de invasão da privacidade e uma tentativa de controle excessivo das festividades. Isso pode gerar um desconforto para quem apenas deseja aproveitar o Carnaval sem enfrentar a constante vigilância de autoridades.
Embora as medidas propostas pela Polícia Militar para o Carnaval de Corumbá 2025 visem, em sua maioria, garantir a segurança e organização do evento, elas também geram questionamentos sobre os limites do controle sobre as festividades. A restrição de garrafas de vidro, a ampliação do horário de funcionamento dos estabelecimentos e a fiscalização rigorosa são decisões que certamente têm seus prós, mas também não estão isentas de controvérsias.
A pergunta que fica é: até que ponto essas medidas são realmente necessárias para a diversão do público, sem sufocar a liberdade dos participantes? O que é certo é que, para um Carnaval seguro e bem-sucedido, é fundamental que todos os envolvidos — desde a Prefeitura até os foliões — cumpram seu papel, com respeito, organização e, claro, muita alegria.
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