Com um desfile poderoso e repleto de significado, a Caprichosos de Corumbá encerrou, na madrugada de quarta-feira (5 de março), a segunda e última noite de desfiles das escolas de samba. A agremiação levou para a avenida uma reflexão profunda sobre a influência da cultura africana na sociedade brasileira e a importância da sabedoria ancestral na construção do futuro.

Com o enredo “Que a sabedoria dos mais velhos seja o caminho para os mais novos – Adorei as almas!”, a escola destacou a ancestralidade africana e a presença dos pretos velhos na cultura brasileira, homenageando suas histórias e ensinamentos.

A apresentação começou com uma comissão de frente impactante, trazendo guerreiros africanos em uma coreografia que evocava rituais e celebrações tradicionais do continente. O carro abre-alas trouxe um dos maiores símbolos da escola, a onça-pintada, ao lado de uma representação majestosa da realeza africana.

As alas exploraram a riqueza da cultura afro-brasileira, abordando elementos como culinária, ervas medicinais, ritos religiosos e espiritualidade. A segunda alegoria, batizada de "O grande terreiro de chão batido", ressaltou a importância dos espaços de transmissão de conhecimento entre gerações, tendo a figura de Pai Benedito como destaque.

Outro momento marcante foi a representação do terreiro como guardião da memória ancestral, trazendo personagens históricos e místicos para a avenida. A bateria, composta por 70 ritmistas, resgatou toques percussivos tradicionais, levando toda a energia da cultura afro-brasileira ao desfile.

O encerramento foi emocionante, com a ala das baianas prestando uma linda homenagem a Vovó Cambinda, uma referência à resistência e à tradição da espiritualidade africana no Brasil.

O Primeiro cantor da escola Breno Adrisson concedeu um

A Caprichosos de Corumbá fez história com um espetáculo vibrante e emocionante, exaltando a força da ancestralidade e a sabedoria que guia as novas gerações.

Com informações: AsCom PMC Fotos: Renê Carneiro